Bom, o negócio está totalmente alucinante nessa história. Com um primeiro volume essencialmente não-verbal, nesse encadernado, é mais uma prova do quão visual é o traço e a personificação de cada personagem.
A essa altura já estamos, pois, muito familiarizado com o Gus (o especial menino híbrido) e o sr. Jepperd (o herói não-politizado)!
Nesse volume foi pura ação! Ainda assim o roteirista abriu espaço para – mesmo que de uma forma pouco aprofundada – contar as motivações básicas de cada algoz da trama. Todos têm, como se sabe, um motivo especial para agir da forma que agem e se apegarem tanto em suas lógicas e crenças particulares.
Bom, o plano de fuga dos meninos híbridos é incentivado por um personagem que outrora foi muito importante no volume passado. De toda forma, são muitos os engajamentos e eu tenho certeza que há muita água para rolar nesse rio chamado SWEET TOOTH.
As revelações foram estilo punk, se é que eu posso considerar assim. Sem dar spoilers, posso dizer que não seguiu nenhuma linha óbvia, sob qualquer perspectiva, aliás. Foi surpreendente e no timing perfeito.
A violência – agora ainda mais um personagem na história dos personagens – foi tão forte que me parece óbvio que as coisas só piorarão. Espancamento e morte seguirão em linha reta, não duvido.
Sério, mal dá para destacar o destaque desse encadernado. Não sei se as novas revelações sobre o “nascimento” (ou não) do menino, se o exército animal que pelas circunstâncias se formou, se a traição de um dos personagens ou a revelação sobre o passado de um deles é que foi mais importante.
Minhas esperanças com relação a Sweet Tooth estão altíssimas, é minha conclusão. Há tanta coisa já explicada e também tanta coisa por vir que em nenhum momento o leitor se sente enrolado, levado à frente com apenas promessas e reviravoltas sem sentido. Não! O caso aqui é totalmente outro. Há, sem dúvida, um roteiro denso e intrincado que faz gosto acompanhar.
Mas devo confessar: começo a economizar, para não acabar tão rápido. 🙂
P.S.: 4 estrelas