Nos muitos dias em que nos embolamos, gerúndio é certamente a forma nominal que nos move cotidianamente. Estamos, pois, sempre fazENDO, pensANDO, sumINDO… e indo.
E enquanto vamos, nesse loop infinito de desconhecimentos chamado vida, nos surge a necessidade por vezes inominada de pensarmos infinitivo. É preciso, afinal, amAR, vivER, refletIR… e vamos.
E então chegamos. Não ao fim, mas ao estado crítico em que talvez pareça o fim, queríamos que fosse assim ou perdemo-nos em enfins. Não é o fim! É só a fase particípio da vida. Dolorosa como só, é quando por dentro sentimos o coração como que esquecIDO, envergonhADO e… E mais um sem-número de formas dentro desta: preterIDO, desprezADO, estressADO, maltratADO, subjulgADO, subestimADO, incapacitADO, […] [……] cansADO. Mas nunca terminado em –EDO. Édo conhecimento de todos, afinal, que a fase é ruim e não permite floreios; mas também não é poderosa o bastante para encarcerar os corações versados não apenas em verbos, mas em tudo o que há. E nEle há… TUDO.
Mudança! AMADO, QUERIDO e CUIDADO também são particípios. E coexistiram, sempre, independente de todo o resto.