Resenha: Fazendo meu filme 2, Paula Pimenta

SAMSUNG CAMERA PICTURES

Classificação: 3 estrelas

Páginas: 325

Editora: Gutenberg

Tema: adolescência, amor, cinema, intercâmbio

Link: Saraiva

Bom, eis que depois do final feliz apresentado bem no final do último livro, a Fani e o Léo têm uma questão com que lidar durante todo esse livro.

O intercâmbio!

Estudar na Inglaterra, durante um ano inteiro, já era uma confirmação mesmo antes do primeiro volume terminar, mas o que a autora reservou para aquele final deixa as perspectivas um tanto dramáticas nessa obra. A Fani finalmente tem um amor de filme para chamar de seu, mas se vê entrando num avião e viajando para muito longe dele exatamente ao mesmo tempo.

As coisas só se agravam por um comportamento infantil da personagem – embora compreensível – que a deixa logo nas primeiras páginas com o mesmo status de antes: sozinha de novo.

Mais uma vez, aqui, temos de considerar o público alvo a que se destina o livro e admitir que Estefânia Belluz não pode se comportar, de repente, como alguém mais madura do que ela sempre foi.

No entanto, há uma perspectiva que me anima. Depois de todo o intercâmbio e os consequentes aprendizados que ela teve, espero para o próximo livro um notável grau de amadurecimento!

Não é que a personagem seja infantilizada, mas como muitas adolescentes Fani é essencialmente dramática, chorona e – o que mais odeio nela – difícil de enxergar aquilo que está na nossa cara o tempo inteiro. Sim, mas uma vez isso acontece aqui. A previsibilidade é um ponto contra quando a personagem principal não vê aquilo tão nitidamente quanto nós e isso é depois usado como argumento\ elemento surpresa alguns capítulos depois.

Há, também, outro fator somado a isso que é o clichê. Agora com uma roupagem de triângulo amoroso (que acredito ser melhor explorado, mais para a frente) o livro ganha dois “teams” e uma protagonista decidida. Não faz muito sentido para mim se isso for estabelecido mesmo como um triângulo quando Fani já sabe o que quer e porque quer. A temática já foi usada nesse livro.

Entretanto Paula Pimenta continua surpreendendo! O que acontece com Christian no fim é um exemplo nítido disso. Acredito que esse é um plot que pode render muito bem nos próximos exemplares. A narrativa também é suave e fluida, páginas passam sem que o tempo seja percebido.

Acho só uma pena que o livro, agora, pareça um pouco datado. Por exemplo, quando escrito a comunicação por e-mail e chats fazia mais sentido do que hoje, em 2016. Foi impossível não pensar como o livro seria na era Whatsapp! De todo modo, não é uma culpa da autora nem de ninguém. Só foi curioso pensar nisso como um método.

Como alguém que leu esse livro antes de também viajar para a Europa e conhecer novos lugares e jeitos de olhar o mundo, achei incrível.

Melhor citação: (p.72)

“Mas eu não preciso chegar ao fim do caminho para saber o que a Dorothy demorou tanto para descobrir: ‘Nenhum lugar é melhor do que a própria casa’.”

Resenha: O exorcista, William Peter Blatty

SAMSUNG CAMERA PICTURES

Classificação: 3 estrelas

Páginas: 331 (4 partes)

Editora: Agir

Tema: demônios, psicologia, medicina, drama, fé

Link: Saraiva

Bom, eis o mito. Ler esse livro implicou em mim a necessidade de conhecer tanto a clássica história imortalizada pelo cinema quanto conhecer os aspectos técnicos de um livro de horror.

Como sempre hesitara em ver o filme – só depois de ler esse livro foi que tive coragem -, conhecer os aspectos da possesão de Regan McNeil foi bastante interessante. Lindo em dois dias de um fluxo contínuo, devo ser bastante explícito quanto ao aspecto da obra: não considero horror, mas ficção bem escrita.

Isto é, não sei em que categoria classificar o livro. Talvez drama caiba bem, não sei. Fato é que a história menos se trata sobre assustar o expectador com um demônio\personagem e mais sobre contar como esse mesmo personagem se instalou naquele enredo familiar e principalmente como as pessoas em volta lidam com isso.

O ritmo do livro é fluido, ainda que bem detalhado. Leva certo tempo até o demônio fazer suas maiores atrocidades com a menina – se masturbar com o crucifixo, por exemplo -, mas os sinais estão ali desde o começo em que os móveis mudam de lugar e os barulhos estranhos podem ser ouvidos.

Há, então, uma grande saga que envolve fé e ateísmo, medicina e religião, razão e sobrenatural. O livro – e mesmo o filme! – é mais sobre isso do que o simples horror da possessão. Essa história é menos sobre o que achei que fosse e mais sobre o questionamento da fé e os mistérios que há entre o céu e a terra.

Considero o livro bem escrito e memorável, mas não nada demais. Assim como o filme, que me provocou risadas, acredite. E pensar que o superestimei em demasia… e por tanto tempo :\

P.S: melhor citação (p.52-53)

“- Mãe, por que as pessoas têm que morrer?

[…]

– Querida, as pessoas se cansam – disse ela, delicadamente.”

Resenha: Ms. Marvel #5 e #6

Continuando a confusão – ou missão – da última edição, a Ms. Marvel perdeu, exatamente como deveria ser. Foi bom, eu diria. Para ela adquirir um senso de responsabilidade e consciência.

Humildade, quem sabe. 🙂

O volume 5 foi, depois, uma sequência de “treinamentos”. Contando com a ajuda de Bruno, até agora o único que realmente sabe sobre a nova identidade de Kemala Khan, a garota testou suas possibilidades e fraquezas, numa sequência de cenas que muito me lembrou o primeiro Homem-aranha, com Toby Mcguire.

Foi um volume mais pé no chão, eu diria. Mas um pouco monótono, também. Embora eu saiba que muita coisa ainda pode vir do inventor e sua espécie de gangue (na maioria de idiotas-clichês), não consigo comprar a ideia do novo vilão que se forma. Fora que a preparação boba – que é aceitável – desembocou numa versão ruim de luta. Foi muito fácil, esperava mais.

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O volume seis, no entanto, trouxe um pouco mais de fôlego à trama.

Agora jurada de vingança pelo inventor e seus comparsas, a Ms. Marvel passou a ser perseguida por robôs que estão caçando-a por Nova Jersey. Foi um pouco legal, mas duas coisas me incomodaram muito nesse volume.

Em primeiro lugar foi o traço, completamente diferente dos anteriores! Estava na cara que foi feito por outo grafista. Isso deixou um pouco descaracterizado, acredito.

E em segundo ponto, o que mais me irritou nesse capítulo foi o vilão. Como previsto, não era nem um bom tipo nem uma boa opção. É demasiado cômico para ser levado a sério dentro da história. Sério, um capa com cabeça de calopsita deve mesmo ser considerado em algum nível ainda que rasteiro?

Ridículo! A cena em que ele explica seu plano, sua mente, seu lugar, foi simplesmente um saco. Li bem superficialmente, só porque me parece necessário para os próximos enredos, mas pouco me agrada. Por mim esse vilão pode ser superado e pode vir o próximo, com uma embasamento mais forte, um conceito mais consistente, uma criação mais definida.

O cabeça de pássaro foi uma decepção, já como eu previra.

Por fim, quem salvou mesmo o volume 6 de ser o pior até agora foi o Wolverine, que como prenunciava a capa e não dei atenção (nenhuma capa tinha a ver com a história, até agora!) realmente participa da missão. Inclusive, uma curiosidade sobre o herói é revelada no meio do enredo – talvez não seja novidade para quem já acompanha o personagem em outros quadrinhos!!!

De todo modo, a entrada do Wolverine primeiro rendeu cenas hilárias, com a Ms. Marvel falando sobre suas fanfics e sendo toda deslumbrada com a oportunidade de conhecer mais um de seus muitos ídolos com poderes; depois a história caminhou para algo mais decente, terminando, por fim, com  mais uma surpresa não muito agradável e meio bizarra.

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Está começando a  ficar cansativo…

P.S.: 3 estrelas 

Resenha: Ms. Marvel #3 e #4

Bom, o terceiro volume foi de consolidação da história, eu diria. Continua sendo cedo para esperar maturidade do enredo, porque, claro, é o princípio da história.

Entretanto, gostei bem mais dessa história. O volume traz o deslumbre de uma adolescente de 17 anos, nesse caso Kamala Khan, e seus embates pessoais em lidar com tudo o que é novo e também as consequência desse bônus.

A briga com os pais, os valores, o melhor amigo, tudo é discutido e meio que colocado à prova, ainda que só na mente da garota. Nesse volume é também explicitado a polimorfia, que é basicamente a essência do seu poder, e como vai tornando-se natural a consciência dela sobre quem quer parecer.

Fica claro que a identidade da antiga Ms. Marvel, no entanto, era não uma sentença irremediável sobre ela, mas algo que pode ser controlado e até escolhido. Esse é, sem dúvidas, um ponto a favor.

Outra coisa boa é que a história continua bem situada no momento em que agora é escrita. Depois de referências às fanfics e Harry Potter e as Relíquias da morte, agora foi a vez de Taylor Swift. Desse modo, a cultura pop só soma ao enredo e ver os personagens falando de uma maneira apropriada à idade deles só torna a experiência mais agradável.

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No quarto volume, a  Ms. Marvel finalmente considera a hipótese de ser quem é, em vez de se metamorfosear para agradar os outros e, em alguma parcela, até mesmo a si própria. É surgida também a ideia de ter o próprio uniforme e suas habilidade de diminuir, encolher e esticar estão, ao que parece, já dominadas.

É o encaminhamento natural para a maturidade da história, que é o que eu realmente espero, aliás.

Considero o embate da edição anterior mais crível e justificado. Embora a resolução deste, que só acontece no volume 4, seja apelativa para o lado cômico. Quanto ao problema dessa edição (que também não foi concluída!), me pareceu muito intempestivo. Poderia ter passado sem, uma vez que foi completamente irracional a atitude da personagem e o motivo, apesar de compreensível, foi um tanto confuso.

Ainda acho que há um problema de coesão no episódio. Ou isso ou a tradução precisa ser revista. De qualquer modo, vamos à frente.

P.S.: 3 estrelas

Resenha: Ms. Marvel #1 e #2

Bom, antes de mais nada eu devo dizer que não só um fã Marvel e também não me considero um conhecedor nato do assunto.

Basicamente, tudo o que vou falar a respeito da minha leitura é me atentando ao que eu li nos volumes 1 e 2 dessa nova série. Ok, eu fiz uma pesquisa rasteira e se entendi bem, esse nova história começou a ser publicada no ano passado (em fevereiro), o que é um absoluto alívio, porque se eu for mesmo acompanhar até o fim ainda está em tempo de recuperar o tempo perdido sem a necessidade de maratonas excruciantes.

Bom, se eu gostei? Sim, foi uma boa experiência. E quanto a isso eu falo pelos dois volumes.

No volume 1, temos uma apresentação básica sobre Kamala Khan. Ela é de origem paquistanesa – o que gerou uma expectativa, por ser uma heroína muçulmana e tal… – e possui um enredo familiar bastante particular, até condizente, eu diria. Já deu para entender o círculo de amigos, como eles se relacionam com o núcleo familiar e a cultura dela, e, principalmente, como a própria adolescente se relaciona com isso.

Eu acredito, no entanto, que embora possua plots interessantes, a história não conseguiu fugir do clichê. Por exemplo, a situação da adolescente enclausurada (porque seus pais têm visões diferentes dos demais) que foge para ir à uma festa provoca uma situação de déjà vu. Sério, isso é clichê DE-MAIS! Fora que o andamento do enredo me pareceu corrido e a forma como ela “adquire” poderes é essencialmente bizarra. Eu, particularmente, me senti estranho e posto à prova, mesmo tendo selado o compromisso óbvio de compreender que se trata de ficção.

Não sei, achei uma solução fácil demais, quase descuidada e sem criatividade. Talvez protelar o acontecimento com um pouco mais de cuidado não fosse assim uma má ideia. Ou então que todo o volume fosse só sobre isso e então voltássemos no tempo para entender como aconteceu…

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Quanto ao segundo volume, devo dizer, os incômodos foram basicamente os mesmos. A diferença estava, no entanto, relacionado ao primeiro grande feito da Ms. Marvel. Enfim, foi bizarro e zero emocionante. Mas há, nisso, um perdão involuntário, pois estava óbvio que a personagem ainda precisava se adaptar.

Me incomodaria mais se ela já soubesse o que fazer e como fazer. Mas não me incomodaria tanto se o salvamento fosse direcionado a outra pessoa ou talvez numa situação menos boba, porque foi essa a sensação que eu tive. Qualquer um poderia fazer aquilo!

Como pontos positivos – porque, afinal, eu disse ter gostado! 🙂 – destaco o relacionamento da personagem consigo mesma. Tudo o que Kamala queria era ser como sua ídola. E ao conseguir, fica claro, para nós, que a realização de seu sonho não é tão ‘maravilhosa’, assim. Pelo contrário, as botas pinicam, o cabelo empata sua visão, o maiô não a deixa confortável. Achei, isso, perfeito.

Era algo que tinha me incomodado, afinal. Se Kamala é morena de olhos escuros, o mais justo é que ela continuasse assim quando se transformasse. Porque, afinal, a transformação de todo herói apenas lhe dá uma identidade secreta e não novas características extremas às suas.

Deu para sentir, acredito, que a Ms. Marvel dessa HQ não será como a antiga: linda e loira. Não faz sentido! Se a questão toda era ter uma heroína muçulmana, então que ela continue sendo uma. Ponto! Parece, inclusive, que a coleção vai tocar em diferentes pontos da aceitação e autoafirmação feminina. Foi o que pareceu, na verdade!

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De todo modo, gostei desses volumes com a esperança (como condição, mesmo) de que eles evoluam para situações mais maduras e enredos menos fracos.

É isso!

P.S.: 3 estrelas

Resenha: O segredo de Emma Corrigan, Sophie Kinsella

A temática dos segredos é sempre cativante. E estes aqui são, ainda, bem especiais.

Os segredos – isso mesmo, no plural, – de Emma não são nada absolutamente incriminadores. São segredos pessoais. Segredos vexatórios que todo mundo, querendo ou não, tem. Não é que as circunstâncias colocam a protagonista numa situação nada confortável?

As coisas para ela não dão certo desde o começo. E ficam piores depois que parecem melhores. O livro é todo sorriso, sabe? Não daqueles que gera gargalhada, mas que deixa um sorriso permanente olhando para as páginas. E nem é por coisinhas fofas e bonitinhas (que tem, é claro), mas pela situação e pela própria Emma, inclusive.

Os altos e baixos do livro são mesmo com relação à vida da protagonista e não com relação à leitura. Imagino como ainda não se tornou filme, porque é bem o estilo. Tem romantismo, tem erro, acerto, dúvida, graça. Tudo isso que é obrigatório nesses livros! E tem mais de uma história. É meio enxertado por historinhas paralelas, porque afinal os outros personagens também têm vida. Talvez o bom moço do livro seja um idiota de muitas formas, mas é fácil perdoá-lo no fim das contas… (E isso se deve à Emma Corrigan, porque lendo o livro você se torna uma pessoa próxima que quer vê-la feliz sabe. E se a felicidade dela é com ele… #queseja!)

O segredo de Emma Corrigan é recomendável para: mulheres independentes à procura, homens sem preconceito, amantes de histórias light, curiosos sobre os segredos alheios.

Divirta-se fazendo uma nova amizade de fim de semana, mas saiba guardar segredos, por favor. Não tem nada pior do que vê-los espalhados por aí…

P.S.: 3 estrelas

Resenha: Sussurro, Becca Fitzpatrick

De muitos jeitos esse é um livro que remete ao famoso Crepúsculo. As aulas de biologia, a garota de dezesseis anos, o cara misterioso, um segredo a ser descoberto… Opa! Mas as coincidências param nas coincidências.

Não é como se o carismático ‘Sussurro” se apoiasse num estilo consagrado para respirar. Este livro tem pulmões próprios e respira muitíssimo bem, conforme eu avalio. É claro que essa comparação esbarra num problema sério: o livro contem problemas de respiração e sabe deixar sem fôlego nas horas essenciais.

Existe mais de uma situação conflitante no livro e coisas que pareciam sem sentido ou desconexas acabam tecidas de um jeito muito bem amarrado. As perguntas? São respondidas com deveriam e, é claro, suscitam outras para o próximo volume. Becca parece ter feito um dever de casa muito bem feito. A protagonista Nora é especialmente carismática e seu parceiro, o Patch, merece todo o alvoroço que se faz em cima de seu nome singular. O cara é quem consegue, sozinho, segurar o humor, boa parte da tensão e, de quebra, aquele velho romance que ninguém tem coragem de dispensar.

Claro que os pontos contras não poderiam se anular de mais essa obra que eu recomendo de olhos fechados e abertos. Por exemplo, a coragem inconsciente de Nora desce fácil, mas não tanto se você mastigar bem o que costuma digerir. Outra coisa, aliás, que não deixo de notar é o sumiço clássico de uma personagem que não deveria ter sumido… Por que isso é fácil de acontecer?!

Do resto, nada tenho a acrescentar. Se você quiser ter uma idéia de como é Sussurro experimente confiar que: é como se fosse a saga de Meyer transformada em mais ágil, com criaturas com muito mais a oferecer, mitologia e poderes muito mais interessantes, mocinha muito mais digerível, um verdadeiro bad boy e – não menos importante – um enredo mais classudo. Becca não poupa argumentos para outras séries neste volume! Pode acreditar!

Sussurro é recomendável para: apreciadores de mitologias criadas, amantes de fantasia madura em geral, enfadados e também àqueles que amam uma história de amor não imediata, excitante e bem construída.

Se acaso gritos desesperados não resolvem seu tédio, tente um sussurro.

P.S.: 3 estrelas

Resenha – A mediadora (1), Meg Cabot

A-MediadoraSinceramente eu não entendo muito bem porque as pessoas caem de amor pela Suze! Claro, ela é adorável e espirituosa, mas não há muito que se justificar porque as pessoas se apaixonam.

Este primeiro livro (que é sobre o qual posso dizer) não tem momentos sem graça e não fica devendo na ação a que se propõe. Ele é sobre uma menina que pode ver fantasmas e tudo mais? É, e os fantasmas estão lá aprontando e divertindo (dependendo do caso), e não há mais que dizer do que isso.

A mediadora combina com um desses filmes da Disney que logo passam na Seção da Tarde. É leve, é raso, é juvenil. Pronto. Sem mais. O livro consegue sem ainda mais despretensioso que os chick-lits, porque nesses último gênero sempre tem algo sobre sentimentos e encontrar um amor… mas no primeiro livro da Meg não tem isso. E nem é a proposta, também! SEI DISSO!

Diria que o livro mais distrai do que diverte. E as coisas lentas como acontecem claro que te impulsionam para o próximo porque é bem evidente o que vai acontecer com a Suze e o Jesse. Eles formam um casal fofo, mas eu não torceria pelo casamento deles, sabe como é? Tipo esses casais que a gente conhece, acha que combina, acha bonitinho, mas é só. É só.

A mediadora é recomendável para: quem é mais jovem, quem goste de fantasmas de toda sorte e tipo, quem não tenha grandes metas com a leitura e quem busca algo bem leve.

Entre uma manhã chata e uma noite sem planos, você pode mediar sua própria distração! Só não mergulhe tão fundo, a obra é rasa!Sinceramente eu não entendo muito bem porque as pessoas caem de amor pela Suze! Claro, ela é adorável e espirituosa, mas não há muito que se justificar porque as pessoas se apaixonam.

Este primeiro livro (que é sobre o qual posso dizer) não tem momentos sem graça e não fica devendo na ação a que se propõe. Ele é sobre uma menina que pode ver fantasmas e tudo mais? É, e os fantasmas estão lá aprontando e divertindo (dependendo do caso), e não há mais que dizer do que isso.

A mediadora combina com um desses filmes da Disney que logo passam na Seção da Tarde. É leve, é raso, é juvenil. Pronto. Sem mais. O livro consegue sem ainda mais despretensioso que os chick-lits, porque nesses último gênero sempre tem algo sobre sentimentos e encontrar um amor… mas no primeiro livro da Meg não tem isso. E nem é a proposta, também! SEI DISSO!

Diria que o livro mais distrai do que diverte. E as coisas lentas como acontecem claro que te impulsionam para o próximo porque é bem evidente o que vai acontecer com a Suze e o Jesse. Eles formam um casal fofo, mas eu não torceria pelo casamento deles, sabe como é? Tipo esses casais que a gente conhece, acha que combina, acha bonitinho, mas é só. É só.

A mediadora é recomendável para: quem é mais jovem, quem goste de fantasmas de toda sorte e tipo, quem não tenha grandes metas com a leitura e quem busca algo bem leve.

Entre uma manhã chata e uma noite sem planos, você pode mediar sua própria distração! Só não mergulhe tão fundo, a obra é rasa!

P.S.: 3 estrelas

Resenha, Derby Girl – Shauna Cross

DERBY_GIRL_1262802833BAntes de finalmente começar a dizer algo sobre a obra é importante ressaltar que eu tinha muitas expectativas depositadas nela!
Dito isso, me sinto mais à vontade pra dizer que me decepcionei um tanto com esse livro cheio de vigor adolescente e, também, burradas e “aborrecências”. Não dá pra dizer exatamente o que me decepcionou sem antes avaliar algumas coisas…

Primeiro, o livro como um todo vende uma personagem de dezesseis anos bastante sarcástica e isso definitivamente é verdade. O sarcasmo de Bliss está bastante evidente em todos os curtos capítulos, contudo, isso não é o suficiente para fazer rir. Talvez apenas eu espere risadas através de sarcasmo, mas tudo bem, o fato é que a protagonista mente, se indigna, desrespeita, desobedece, tem um comportamento pra lá de condenável e é daí que vem seu sarcasmo. (Aqui devo entrar pra dizer: uso também muita ironia, mas pra isso não preciso ser como a Bliss.

Segundo, a história na verdade carece de história. Se alguém espera algo sobre Roller Derby (o esporte mal explicado que praticamente nomeia o livro) ou aventuras amorosas de uma garota, pode esquecer. Há, de fato, um pouco das duas coisas, mas nenhuma delas é o ponto da história. E qual é esse ponto? Difícil dizer com certeza, mas eu compreendi que tudo é muito mais sobre adolescência do que sobre qualquer outra coisa. O final, inclusive, me ajudou bastante nessa concepçãoclusão.

Terceiro, o ritmo desenfreado. É até pertinente que um livro com patins e alta velocidade seja narrado num ritmo frenético, mas algumas situações ficam atrapalhadas quando narradas muito rapidamente. O foco muda de um jeito veloz que somente em algumas cenas incomoda. E uma dessas cenas é o final brusco e quase difícil de engolir; onde opiniões e decisões mudam rápido demais só pra poder fechar com a tal chave de ouro.

Em resumo, talvez a decepção tenha vindo da minha súbita impaciência com a impulsividade e burrices típicas de uma época que já não me pertence.

‘Derby Girl’ é recomendável: para adolescentes grandinhas, para os sarcásticos não tão exigentes quanto eu, para quem deseja uma história sem muita profundidade e alguma distração e, finalmente, pra quem acha que pode se interessar pelo Roller Derby.

Provavelmente, os já interessados no esporte esperarão mais; muito mais!

P.S.: 3 estrelas!

Resenha – Maldosas, Sara Shepard

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Esse é um livro com uma premissa muito interessante e nem tanto original assim. A própria orelha deixa claro que essa é uma mistura de Gossip Girl com Desperate Housewives. Mas se você quer saber se eu acho que há conexões, inspirações ou qualquer coisa do tipo eu já adianto: não.

O livro tem certas essências que lembram outras obras, mas isso não incomoda. Afinal é bem difícil, depois de séculos de produções literárias, alguém arriscar fazer algo 100% original.

Passada essa coisa com apresentações vem à parte mais importante dessa resenha: o livro incomoda. Não por ser uma trama forte, surreal, nem nada disso. A meu ver o livro incomoda por fazer excesso de propaganda com coisas simplesmente desnecessárias. É sério, dá vontade de ler jogando várias marcas no Google só pra sacar a importância daquilo tudo, mas quer saber?… quer saber mesmo? Não há. Não há nenhuma importância em saber a marca do brilho labial, da cueca, dos doces. Isso só deixa o livro mais pop, cheio de referências à moda e tudo mais. E como não faço da moda uma espécie de cartilha… foi simplesmente meio chato.

Acho válido dizer que tal personagem escolheu uma coca aqui, que usou um Dior na festa tal, que prefere M&Ms a qualquer outra coisa, mas transformar o livro inteiro em uma espécie de propaganda-não-sutil-nem-subliminar é demais.

De resto o livro flui bem e a narrativa em terceira pessoa – alternada nas quatro protagonistas – meio que nos faz esquecer os incômodos do merchandising. Existem coisas maiores e melhores com que se preocupar: Quem é A? Como sabe de tudo? Quais as chances das coisas acabarem bem? O que, afinal, é a coisa com Jenna?

As protagonistas são um caso à parte. Cada uma é muito bem construída à sua maneira. Particularmente gosto da história que move os atos de Hanna e Spencer, mas como favoritas fico mesmo com Aria e… adivinhem?! Spencer de novo! Os segredos é que são meio fraquinhos. Não todos, é claro, mas especialmente os de Aria e Hanna. Em si não são fracos, mas para algo envolvendo esse livro podiam ser coisas como “engravidei do meu padrasto porque quis e abortei depois” ou “esfaqueei o gato da família treze vezes e usei o sangue pra fazer um pacto”.

Sei lá, eu acho que para o terror que A pretende tocar… deviam ser coisas do tipo que causa até desconforto e vergonha no leitor. E outra coisa que não gosto é em como monta-se certo glamour nas bebidas alcoólicas e em como a maconha muitas vezes é citada como pirulito. Não gosto dessa banalização, mas também não espero um discurso do tipo MALHAÇÃO. (Talvez essa coisa normalizada com maconha seja algo cultural nos EUA. Gossip Girl me faz pensar seriamente que sim. Não sei…)

Recomendo Maldosas para: quem gosta de segredos, de merchandising, de investigar suspeitos e, enfim, de tramas familiares complexas e tudo mais!

Não será maldade com seu tempo ler esse livro! Com verdade – A (rsrs)


P.S.: 3 estrelas